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Segurança pessoal privada ainda é um mercado pouco explorado, mas está em expansão no País

A profissão de guarda-costas (segurança pessoal) não existe apenas nos filmes, ela é real e regulamentada pela Lei nº 7.102/83, que rege a atividade dos vigilantes. Para trabalhar no ramo, o vigilante precisa fazer uma especialização na área, que dura, em média, 15 dias. Durante esse treinamento, ele aprende a portar e manusear armas sem torná-las visível, estratégias para saída em caso de emergência, além de direção defensiva, evasiva de abordagem e fuga.

O curso precisa ser realizado em academia reconhecida e autorizada pela Polícia Federal. A principal função do segurança particular é acompanhar, dar assistência e garantir a integridade física do cliente. Além disso, o diferencial desse serviço está no recrutamento e seleção dos vigilantes que devem ter o perfil adequado às características de cada contratante.

O trabalho dos profissionais de segurança pessoal começa com uma criteriosa análise de áreas e situações de risco, onde são identificadas as vulnerabilidades as quais o cliente está exposto. Para conter situações de ameaça, o segurança é capacitado a utilizar arma de fogo e os diversos tipos de equipamentos não letais. “Ele precisa estar atendo a todo tipo de ameaça, sejam elas intencionais ou não. Ele não tem que garantir apenas a segurança em casos de atentado, mas em situações de possíveis acidentes também”, explica, Irenaldo Pereira Lima, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores no Distrito Federal (SINDESP/DF).

Segundo Lima, a segurança pessoal privada ainda é um mercado pouco explorado, mas que está em expansão. “Temos boas expectativas para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Muitas pessoas com alto poder aquisitivo virão à Brasília e irão precisar de seguranças, além, claro, dos atletas e suas equipe técnicas”, comenta o presidente.  

Ministros, juízes, empresários de multinacionais, políticos, celebridades, pessoas com alto poder aquisitivo, artistas e cidadãos em situação de risco são os que mais requisitam esse tipo de serviço. “O guarda-costas, praticamente, dá a vida pelo cliente. O vigilante precisa saber a rotina da pessoa da qual está fazendo a segurança, desde os medicamentos que toma até qual é o plano de saúde, tipo sanguíneo, problemas de saúde, relações de amigos, locais que costuma frequentar etc. Eles são treinados para nunca deixar a situação chegar ao extremo de ter que disparar uma arma”, esclarece o especialista.

O profissional de segurança pessoal privada trabalha 12h por dia com intervalos de 36h de descanso. Para trabalhar nessa área, o profissional precisa ter excelente condicionamento físico, demonstrar postura, ser ágil, estrategista, atento e disciplinado. Outra característica importante é a discrição. “O segurança é uma das pessoas mais próximas do cliente, ele ouve e sabe de tudo o que acontece, mas precisa manter a ética, a confiança e a credibilidade. Precisa estar sempre presente, mas passar quase despercebido", afirma o presidente.  

Sobre o SINDESP/DF - O SINDESP/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist). Hoje, conta com 30 associados, que geram em torno de 17 mil empregos diretos.