Vigilantes devem estar sempre atentos - NetSeg

Vigilantes devem estar sempre atentos

Vigilância | 10/11/2008

SINDESP/DF alerta para a necessidade de contratar empresas de segurança privada autorizadas pela Polícia Federal, a fim de evitar transtornos e falhas na segurança. Profissionais despreparados podem arriscar a própria vida sem necessidade   

 O caso do vigilante Eduardo Gomes Figueiredo, que trabalhava no Recando das Emas, assassinado há pouco mais de um mês, ressalta ainda mais a importância do profissional da área tomar uma série cuidados no posto de trabalho. De acordo com a 27ª Delegacia de Polícia, os assaltantes tentavam roubar a arma de Eduardo.

De acordo com Irenaldo Pereira Lima, diretor do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transportes de Valores do Distrito Federal (SINDESP-DF), atualmente está mais difícil encontrar armas no mercado clandestino. Os assaltantes acabam tentando roubá-las do próprio vigilante, o que exige um cuidado maior dos profissionais da área. “Por isso se torna essencial o vigilante estar bem preparado”, afirma.

A segurança privada no Brasil é regulamentada pela Lei nº 7.102/83, que exige dos vigilantes a realização de um curso de formação em escola credenciada pela Polícia Federal (PF) e vínculo empregatício com empresa especializada, devidamente autorizada pela PF, o que, segundo Irenaldo, traz mais segurança em relação ao serviço prestado.

Além do cumprimento das normas estabelecidas pela legislação vigente, o diretor do SINDESP/DF ainda recomenda que o vigilante adote alguns procedimentos de segurança que poderão garantir a sua própria tranqüilidade e a qualidade na execução do trabalho. “O vigilante não pode fazer do trabalho dele uma rotina, ele precisa estar atento e tomar as precauções adequadas, definidas por um plano de segurança que vai depender do patrimônio ou da pessoa a ser protegida”, considera.

Lima, que também é empresário do setor, aconselha seus funcionário a chegar um pouco mais cedo do horário estipulado para a troca da guarda, fazer uma ronda no perímetro do local vigiado, verificar se há alguma pessoa suspeita e, obrigatoriamente, usar o equipamento de proteção individual composto de colete balístico e arma com a manutenção periódica em dia. “Tudo isso deve ser feito dentro de um planejamento definido pelo consultor, gestor e operador de segurança da empresa”, argumenta.

Segundo ele, o clandestino que se aventura em fazer a segurança, muitas vezes, por não traçar um plano eficaz, arrisca a própria vida e compromete a qualidade do trabalho. “O contratante desse tipo de serviço é o mais prejudicado”, completa.

O vigilante ainda deve evitar desempenhar outras funções em seu posto de trabalho. De acordo com Irenaldo Lima, há casos de o segurança vigiar estacionamentos, distribuir senhas de atendimento, entre outras atribuições que às vezes lhe são passadas. “O vigilante é contratado para fazer a segurança patrimonial de uma localidade específica, de uma pessoa e de transporte de valores”, ressalta. Lima explica que qualquer outra atividade que não seja àquela correspondente ao serviço pelo qual o vigilante foi contratado, estaria colocando em risco a segurança do próprio profissional e do cliente.

Sobre o SINDESP/DF - O Sindesp/DF é filiado à Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist) e associado à Federação do Comércio do Distrito Federal (Fecomércio/DF). Hoje, conta com 37 associados, que geram mais 14 mil empregos diretos.