Seis temas que os bancos não devem desprezar em 2018, segundo a Deloitte
Estudo internacional aponta tendências e desafios para os bancos; no Brasil, desafios são comuns, com instituições alinhadas e acompanhando as tendências globais.
Para os bancos em todo o mundo, 2018 poderá ser um ano fundamental para acelerar as transformações de instituições estrategicamente focadas, tecnologicamente modernas e operacionalmente ágeis, para que possam manter a prevalência no mercado, em um ambiente que vive rápida evolução. É o que indica a análise “2018 Banking Outlook: Accelerating the transformation”, produzida pela Deloitte e que traça os desafios do mercado financeiro.
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De acordo com a análise, essa transformação está longe de ser simples, pois a maioria dos bancos acaba lidando com múltiplos desafios: regulamentações complexas e divergentes; sistemas legados, modelos e tecnologias disruptivas; novos concorrentes; e, por último, mas não menos importante, uma base de clientes frequentemente reativa, com expectativas cada vez maiores.
De acordo com dados da pesquisa FEBRABAN de Tecnologia Bancária 2017, realizada pela Deloitte, apesar do cenário econômico restritivo, a procura pelos bancos cresceu e o setor ampliou o atendimento e a oferta de serviços para um consumidor cada vez mais digital. Segundo o estudo, em 2016, as instituições financeiras brasileiras investiram R$ 18,6 bilhões em tecnologia.
Diante dessa perspectiva, a análise produzida pela Deloitte examina seis temas-chaves que os bancos devem ter em seu radar para se adequar e superar possíveis desafios de curto prazo para capitalizar oportunidades de crescimento sustentável:
1. Foco no cliente: O crescimento sustentável de longo prazo no setor bancário só parece possível a partir de uma mudança radical de uma mentalidade excessivamente centralizada em vendas de produtos e serviços, para um genuíno esforço baseado em ações com foco no cliente, além de se manter uma maior racionalização das estratégias para direcionar mercados, segmentos de clientes e soluções adequadas a todas as demandas;
2. Ajustes regulatórios: 2018 apresenta uma boa oportunidade para as instituições modernizarem seu compliance regulatório e reunir segmentos desiguais para atingir objetivos de compliance individuais. Simplificando, a conformidade regulatória deve estar alinhada à estratégia de negócios;
3. Gestão de tecnologia: Para ajudar os bancos a se tornarem mais ágeis, os diretores de TI das instituições devem gerenciar seu portfólio de recursos tecnológicos para enfatizar atividades que realmente diferenciam o banco. Os esforços de externalização devem se concentrar nas funções genéricas, com ênfase na eficiência de custos;
4. Mitigação dos riscos cibernéticos: O potencial dos riscos cibernéticos vem aumentando com a maior interconexão no ecossistema bancário, a rápida adoção de novas tecnologias e a dependência contínua de infraestruturas obsoletas, herdadas de épocas passadas;
5. Fintechs e tecnologias de ponta: Fintechs continuam a liderar a inovação no setor bancário, enfatizando o foco na experiência do cliente. Os bancos devem encarar várias opções: replicar o que os fintechs estão fazendo; responder com soluções igualmente inovadoras; tornar-se mais simbióticos e menos competitivos; ou buscar uma combinação dessas estratégias que se encaixam em suas capacidades e posições de mercado únicas;
6. Reinterpretando a força do trabalho: Os bancos devem repensar suas estratégias de gestão para a força de trabalho, dado que o trabalho está evoluindo para outra realidade, com o aumento da automação e maior diversidade no grupo de trabalhadores.