Esquema de segurança no amistoso do Brasil surpreende.
Primeiro teste, em São Paulo, prepara profissionais de segurança para Copa 2014 O primeiro teste do esquema de segurança para a Copa 2014, em São Paulo, aconteceu no último amistoso do Brasil na última terça-feira (07.06), contra a Romênia. Este foi o segundo realizado no país, depois do jogo contra a Holanda no Estádio Serra Dourada, em Goiânia.
“Pela primeira vez, a segurança privada trabalhou sozinha na execução da segurança interna de um estádio, em um jogo de futebol, e conseguiu cumprir tal tarefa com excelência. Foi um grande desafio, mas que mostrou aos oficiais e especialistas presentes que as empresas brasileiras de segurança privada, sérias, são capazes de executar este serviço”, avalia José Adir Loiola, presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp).
Para o coordenador geral de Controle da Segurança Privada da PF, Adelar Anderle, os vigilantes conseguiram o mesmo respeito já imposto pela segurança pública, ao se apresentarem devidamente uniformizados e com postura firme. De acordo com Loiola, este pode ser um novo mercado para a atuação da segurança privada que, atualmente, mantém-se estagnada e com limitado poder de absorção da mão de obra que se forma. “A possibilidade da segurança privada passar a cuidar dos estádios brasileiros abre um mercado novo para o segmento que poderá se consolidar e permitir maior profissionalização dos vigilantes”, conclui Loiola.
“A Gocil Segurança e Serviços foi a empresa escolhida pelo Comitê Organizador Local (COL) para realizar a segurança e controle de acesso no jogo do Brasil e Romênia dentro das normas de exigências da FIFA. 650 profissionais ficaram responsáveis pela segurança dos torcedores brasileiros dentro do estádio (Paulo Machado de Carvalho – Pacaembu) até os pórticos detectores de metal. O desafio da Gocil era controlar todo o acesso, orientar o público e garantir a todos a tranqüilidade nas arquibancadas e no gramado. O trabalho foi altamente bem sucedido, sem ocorrências, por conta do profissionalismo e da preparação, que contemplou treinamentos teóricos e três simulações, sendo a última no dia do jogo”, declara Cezar Valverde, Diretor de Operações da Gocil.
De acordo com o regulamento da FIFA, os estádios das cidades-sedes, onde os jogos acontecerão, precisam ter uma equipe na qual as seguranças pública e privada estejam integradas. Pelo menos 50 mil profissionais da segurança devem ser escalados para 2014.
Vigilantes no Brasil
Atualmente, há um exército de quase dois milhões de vigilantes cadastrados na Polícia Federal. Apenas um quarto deste contingente, no entanto, é absorvido pelo mercado de trabalho. Para a Copa 2014, além dos empregos diretos, estima-se a criação de milhares de empregos indiretos no setor, já que haverá demanda de vigilantes em hotéis, escoltas, transporte de valores, entre outros serviços.
Sesvesp – Fundado em 1988, trabalha como entidade sindical que congrega e representa as empresas de segurança privada, segurança eletrônica e dos cursos de formação e aperfeiçoamento de vigilantes no Estado de São Paulo. Trabalha para coibir a prestação de serviços por empresas informais, que somam cerca de um terço do total de companhias do segmento. Luta, também, para que seja aprovado o Projeto de Lei 4594/2004, em tramitação no Congresso Nacional, qualificando como crime a contratação de serviço de segurança privada clandestina, além da utilização de vigilantes sem treinamento e registro na Polícia Federal, que é o órgão público responsável pelo controle da segurança privada no Brasil.
Por GT Marketing e Comunicação