Conceito de smart city evolui e novas tecnologias aproximam os cidadãos da nova dinâmica das cidades
Adoção de ferramentas digitais de gestão na América Latina, envolvendo os pilares de segurança, eficiência energética e mobilidade, passa a priorizar também questões como governança e sustentabilidade.
A definição de smart city teve início na década de 90, quando se contemplava que as cidades que incorporassem ferramentas digitais ou que atrelassem seus serviços públicos à rede de computadores, dando mais poder de gestão à administração sobre essas atividades, estariam mais perto de serem consideradas inteligentes. Com o passar do tempo, esse conceito evoluiu muito, juntamente com a dinâmica dos municípios e da sociedade e o avanço das tecnologias.
De acordo com o resultado do estudo World Urbanization Prospects: The 2018 Revision, por exemplo, espera-se que a população mundial vivendo em áreas urbanas suba dos 55% atuais para 68%, até 2050. No Brasil, em 2021, esse número já chegava a 87%. A pesquisa afirma que a urbanização está transformando, inclusive, a vida daqueles que vivem nas áreas rurais ao redor das cidades, que são as principais portas de entrada e destinos para quem muda de região ou país. Dados como esses apontam a imperiosidade de se dispor de tecnologias que contribuam para a dinâmica dos grandes centros nos dias atuais, sem se restringir apenas à questão da conectividade, mas que sejam integradas ao planejamento estratégico e à gestão das cidades e dos sistemas urbanos.
Em novembro passado, o evento digital apoiado pela NEC, o Smarter Cities & Digital ID Forum, reuniu profissionais que trabalham no dia a dia do desenvolvimento das cidades para contarem sobre as experiências de sucesso em seus respectivos países, seja no Brasil, no Equador, no Chile, no Peru ou na Argentina, tendo como eixos os segmentos de segurança, eficiência energética e mobilidade.
Segundo Jorge Vargas, chefe da unidade de negócios Safer Cities da NEC Latam, que abriu as apresentações, a organização estruturou um laboratório regional com foco nos três pilares debatidos no evento, a fim de desenvolver e fornecer não apenas softwares e serviços da marca nipônica, mas também colocar à disposição do mercado soluções completas que contam com a participação de parceiros estratégicos.