Em entrevista, Igor Pipolo, diretor da Núcleo Consult, fala sobre violência nas escolas - NetSeg

Em entrevista, Igor Pipolo, diretor da Núcleo Consult, fala sobre violência nas escolas

Educação | 2022-03-09

O aumento da violência nas escolas assusta pais, alunos e profissionais da educação. Recentemente, mensagens de ameaças de massacres foram enviadas para alunos de São Paulo e Minas Gerais. No litoral paulista, uma diretora foi ferida a golpe de faca por um estudante. 

Uma pesquisa feita pela Associação dos Professores do Estado de São Paulo (APEOESP) aponta uma escalada da violência nas unidades de ensino. Em 2019, mais da metade dos professores - 54% disseram já ter sofrido algum tipo de agressão, em 2017 esse número era de 51% e em 2014 - 44%. Entre os estudantes, em 2019 - 81% relataram saber de episódios de violência na própria escola, o que mostra também um aumento em relação a anos anteriores: 2017 - 80% e 2014 - 77%.

Essa onda de violência nas escolas se espalhou num momento chave para a educação do país, os alunos já ficaram tempo demais sem o aprendizado presencial por causa da pandemia, segundo Igor Pipolo, sócio da Núcleo e especialista em segurança pública, a falta de atividades para reintegrar as turmas pode ser uma explicação para tanta agressividade. 

“As pessoas de fato passaram muito tempo em suas casas tendo relacionamento apenas com seus familiares e agora estão tendo que lidar com outras pessoas, com opiniões divergentes. As crianças, principalmente as que estão em fase de formação, precisam ser muito bem orientadas e conduzidas para que saibam viver dentro dessa realidade social que está se apresentando novamente”, ressaltou Pipolo durante entrevista ao Fala Brasil da TV Record.

Sobre a onda de violência, a Secretaria da Educação informou que estão sendo realizados estudos sobre o assunto e que o monitoramento das unidades escolares está sendo feito e que em caso de ocorrências graves, o profissional da educação pode acionar rapidamente as forças de segurança.