Núcleo Consultoria discute o tema da fraude empresarial
Constantemente se fala sobre os escândalos de corrupção na esfera política, mas, eles não acontecem exclusivamente nessa área. “Os casos de fraude empresarial são comuns e geralmente custam à ser descobertos, pelos custos financeiros e de tempo”, ressaltou Annibal Sartori, sócio da Núcleo e especialista em segurança corporativa e contrainteligência.
Segundo o Relatório Global de Fraude e Risco de 2021 realizada pela empresa americana Kroll, 46% dos entrevistados citam que os riscos e ameaças de suborno e corrupção vem de terceiros (como fornecedores, clientes e distribuidores), 23% são de ações de funcionários e os outros 31% devido a uma deficiência na manutenção de registros.
“Muitas vezes suportando ou combinados com outros crimes financeiros, como fraude e lavagem de dinheiro, a corrupção traz danos extremos às empresas pelo impacto na reputação organizacional, superando as consequências legais e regulatórias, até perdas institucionais e de mercado, todas canalizadas ao desastre econômico-financeiro”, observou.
Outra citação sobre o assunto é a pesquisa Audit committee practices report: common threads across audit committees, do Center for Audit Quality e do Deloitte Center for Board Effectiveness, que elenca em seu relatório algumas tendências para 2022, dentre elas o aumento do risco de fraude.
Analisando as referências citadas, em ambas, a tecnologia é indicada como uma das principais ferramentas para mitigação eficiente dos riscos, além da ação positiva sobre a cultura organizacional. Sartori ressalta que além de investir em tecnologia, as organizações devem executar alguns passos importantes para se tornarem mais éticos, transparentes e colaborativos, entre eles temos: Código de Conduta – para que todos os colaboradores entendam seus limites profissionais; Conselho de Administração e Comitê de Gestão de Riscos – um monitora e o outro trata a ocorrência de fraude; Auditorias Internas e Externas Periódicas – responsáveis por fiscalizar o andamento de todos os processos e controles.
“A fraude empresarial não só prejudica a imagem da organização, como também afeta a sua produtividade, traçando uma trajetória silenciosa de crise, quando não monitoradas e devidamente tratadas, em sua iminência, suspeita ou evidência”, finalizou Sartori.
Annibal Sartori, DSE
Sócio da Núcleo Consultoria
Especialista em Segurança Corporativa e Contrainteligência