Setor de segurança eletrônica viverá uma revolução com o uso do Blockchain
Sistema tem chamado o interesse de empresários e deve ser um dos principais assuntos durante a Exposec 2019.
O setor de segurança eletrônica deve passar por uma revolução com a apropriação do blockchain, que foi criado para gerenciar criptomoedas (como por exemplo o bitcoin), mas ganha cada vez mais espaço nos diversos segmentos do mercado. A opinião é do especialista em segurança e privacidade, Emílio Nakamura, que acredita ser este um dos assuntos que estarão em evidência durante a Exposec 2019 – Feira Internacional de Segurança, que acontece em maio, em São Paulo.
O processo ainda está no início, mas já configura uma tendência. “No Brasil não há nenhuma empresa de segurança eletrônica usando o blockchain”, acredita. “Mas tenho visto algumas implementando sua utilização no exterior e isso chegará aqui com certeza”, afirma o especialista, responsável por seminários promovidos pela Abese (Associação Brasileira dasEmpresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), realizadora da Exposec 2019, tema difundido pelo país, alertando os associados para a nova realidade.
Os dados que as empresas de segurança eletrônica manipulam, sejam na parte de identificação, autenticação, controle de acesso, ou mesmo imagens de circuitos fechados estão muito mais protegidos no blockchain, acredita Nakamura. Bem diferente da situação atual, em que as informações são armazenadas em um servidor central e uma pessoa detém seu controle.
Em linhas gerais, pode-se dizer que se trata de um sistema de base de dados distribuído em algoritmo, mantido e gerido de forma compartilhada e descentralizada por meio de uma rede ponto a ponto (P2P), que se assemelha a blocos encadeados, cada um com uma impressão digital. Todos os participantes são responsáveis por armazenar e manter a base de dados. A tecnologia foi construída tendo em mente quatro principais características: segurança das operações, descentralização de armazenamento/computação, integridade de dados e imutabilidade de transações.
O grande foco do blockchain é a possibilidade de gerenciar dados de forma segura. “Os dados que você utiliza dentro do blockchain têm característica de imutável, não consegue alterar isso, mexer em sua integridade”, afirma Nakamura, lembrando que o sistema não foca na confidencialidade de dados. “As informações são disponíveis, mas ninguém pode mudá-la”.
Para o especialista, outra vantagem do blockchain é que “adiciona uma camada de segurança quanto à integridade e a disponibilidade dos dados. E o fato de ser distribuído e descentralizado também atende à lei de proteção de dados (LPD). “O sistema em si não é suficiente, mas se for misturado à criptografia ajuda com certeza as empresas a atenderem à LPD”, garante.
Serviço:
Exposec – 22ª Feira Internacional de Segurança
Data: 21 a 23 de maio de 2019
Horário: 13h às 20h
Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo/SP
Sobre a Cipa Fiera Milano
A Cipa Fiera Milano, filial brasileira da Fiera Milano, um dos maiores players de feiras e congressos do mundo que a cada ano atraem aproximadamente 30 mil expositores e mais de cinco milhões de visitantes, tornou-se sócio majoritário da Cipa do Brasil em 2011, dando origem à Cipa Fiera Milano. No Brasil, são realizadas nove feiras que representam os mais diversos segmentos da economia, como segurança, energias limpas e sustentáveis, tubos e conexões, cabos e fios, saúde no trabalho, tratamento de superfícies, esquadrias, tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade, entre outras. Entre as principais marcas do portfólio estão Exposec, Fisp, Fesqua, Ebrats, Ecoenergy e Reatech.