Torcidas organizadas buscam padronização da segurança nos estádios, visando a Copa de 2014
Cerca de 200 representantes de torcidas organizadas de futebol de todo o país debateram formas de conter a violência nos estádios e voltaram a discutir o Procedimento Operacional Policial, um conjunto de medidas de segurança elaborado pelas torcidas, polícias estaduais e pelos ministérios do Esporte e da Justiça.
O procedimento começou a ser implantado na tarde deste sábado, quando teve início o Campeonato Brasileiro de Futebol da 1ª Divisão. Pensado para combater a violência nos estádios do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, de Minas Gerais e de São Paulo, a expectativa é de seja seguido em outros estados.
"Com a Copa do Mundo de 2014, as atenções ficam voltadas para cá. Portanto, não podemos apenas cuidar de ter arenas padrão internacional. Os torcedores, além dos atletas, fazem parte do espetáculo e o governo federal quer elevar a qualidade das competições", afirmou o ministro interino do Esporte, Waldemar de Souza, durante o 2º Seminário Nacional de Torcidas Organizadas.
Para as torcidas, a falta de padronização gera "desentendimentos" e atrapalha a festa. "As torcidas, independente de clubes, passam pelos mesmos sufocos. Estamos acostumados, por exemplo, a levar um certo tipo de material para um estado que e em outro não pode. Se a gente souber o que pode fazer, vamos seguir", afirmou o presidente da torcida Dragões da Real, do São Paulo, André Azevedo.
O procedimento começou a ser elaborado no ano passado. Representantes de governos, da sociedade e pesquisadores trocaram experiências e sugestões que originaram um documento com mais de 100 medidas de segurança.
Entre as medidas está a escolha do tipo do armamento dos policiais, a tomada de depoimentos, como articular o atendimento de saúde nos estádios, formas de monitorar o deslocamento das torcidas e como será organizado o transporte público em dias de jogo.