Segurança fica em 2º plano, mas deve custar R$ 1,38 bi ao Rio-2016
Deixada fora da lista de preocupações do COI (Comitê Olímpico Internacional) em relação aos Jogos Olímpicos de 2016, a questão da segurança no principal evento esportivo do planeta deve custar ao Rio de Janeiro cerca de US$ 777 milhões (aproximadamente R$ 1,38 bilhão).
O Comitê da candidatura brasileira prevê investir US$ 11,1 bilhões em infraestrutura até o ano da competição, sendo que 7% deste valor irá para do projeto de segurança da Olimpíada.
O plano carioca para a segurança foi poupado de críticas pelo COI na última avaliação das cidades candidatas, no começo de setembro. O Comitê Olímpico afirmou que as maiores deficiências do Rio estão concentradas no setor hoteleiro e nos transportes.
Segundo o comitê, a cidade não terá grandes problemas para dar segurança ao evento por ter experiência em receber grandes eventos, como os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Reveillón e o Carnaval, além de partidas da Copa do Mundo, que será disputada em 2014 no Brasil.
O relatório da candidatura diz ainda que o país nunca teve problemas com atos terroristas, o que poderia ser considerado uma vantagem em relação aos outros três países com os quais disputou o direito de organizar a competição: Estados Unidos, Espanha e Japão.
O dossiê também afirma que, apesar da necessidade de um plano especial de segurança para a Olimpíada, o Rio pretende aproveitar as ações aplicadas em 2016 para o futuro, deixando um legado antiviolência na cidade.
A previsão do comitê é que 60.770 pessoas serão envolvidas no esquema de segurança dos Jogos, sendo que 14.200 terão que ser importadas de outras regiões.
A responsabilidade sobre a segurança ficará a cargo do governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça, que irá coordenar o envolvimento das agências federais, estaduais e municipais e se relacionar diretamente com a diretoria se segurança do comitê.
O plano do Rio-2016 promete a utilização de ações temporárias, como a adoção de um perímetro de segurança, o controle de acesso integrado e um gerenciamento de alarme, assim como um trabalho mais eficaz de inteligência.
O serviço de inteligência tem como intenção identificar as áreas de maior incidência de crimes e traças planos específicos de redução da criminalidade nestas áreas. O plano será posto em prática já na Copa do Mundo-2014 e pode ser alterado caso não funcione adequadamente.
Assim como no Pan, o Exército também deve ser utilizado no plano de segurança. Ele fará parte do planejamento da segurança e da confecção de um plano antiterrorismo, além de proteger a zona Deodoro, uma das sedes da Olimpíada, que é área militar.
Segundo o comitê responsável pelo Rio-2016, as esferas governamentais se comprometeram a alterar e criar leis necessárias para que os Jogos sejam completamente seguros.
Fonte: Da Folha Online