Bradesco leva tecnologia de biometria em ATMs para as agências
Utilizada há dois anos nos terminais de autoatendimento do Bradesco, a tecnologia de reconhecimento das características das palmas das mãos agora chega às agências da rede. "A excelente aceitação dessa tecnologia por clientes de todas as faixas sociais e etárias nos levou a pensar em sua adaptação para uso dentro das agências", explica Douglas Tevis Francisco, diretor de tecnologia e inovação do Brasdesco.
Segundo o executivo, desde a sua implantação - nos terminais do BCN, à época - já são 6.500 máquinas prontas para a leitura das mãos. O número de clientes cadastrados passa de 730 mil e as transações realizadas superam a marca de 7,5 milhões.
Desenvolvida pela Perto, parceira de tecnologia da instituição, a tecnologia reconhece as características das veias nas palmas das mãos do correntista. "As chances de erro são de oito em cada 10 milhões", diz Francisco.
Ele destaca ainda que esta margem diminuiu exponencialmente quando considerado o fato que as características biométricas são relacionadas ao número da conta corrente e agência do cliente - quando o cliente abre uma conta corrente, ele cadastra a palma de sua mão nos terminais de autoatendimento. A ideia é que isso possa ser feito também dentro das agências.
Para isso, a Perto adaptou a tecnologia de maneira que o dispositivo de leitura, que possui os moldes do pulso e dedos para apoio da mão, possa ser colocado, por exemplo, sobre a mesa de um gerente.
Embora ainda não tenha definido qual será a agência-piloto para o novo formato da tecnologia de biometria, Francisco conta que em agosto deveremos ver os primeiros equipamentos - cerca de quatro ou cinco - em alguma grande agência na cidade de São Paulo.
"A idéia é expandirmos o uso dessa tecnologia até para o uso do internet banking. Ainda não há nada definido, mas sabemos que a tecnologia deve dar muito mais segurança e comodidade tanto a clientes corporativos, quanto domésticos. Além do internet banking, uma das propostas é levar o dispositivo para os caixas, de forma que substitua a digitação de senhas", antecipa o executivo.
Marco Aurélio Freitas, diretor comercial e de marketing da Perto, responsável pela tecnologia, apesar de não revelar o valor do contrato firmado com a instituição financeira, salienta que a biometria não é uma tecnologia apenas para a vertical financeira. Segundo ele, ela pode, e deve, ser empregada em outras indústrias.