Empresas de segurança patrimonial estão atrás de bons negócios - NetSeg

Empresas de segurança patrimonial estão atrás de bons negócios

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São Paulo, 23/Agosto/08 - O crescimento setor de segurança patrimonial, alavancado pelo aumento da violência nas grandes cidades, está criando um movimento de migração no setor. Em busca de oportunidades em mercados pouco explorados e fugindo da concorrência com empresas ilegais, empresas como FortKnox e Gocil investem em novos mercados.

A FortKnox, que atuava só no mercado de São Paulo, acaba de inaugurar uma filial em Lauro de Freitas, na Bahia. Segundo Edgard Leite Neto, superintendente da empresa, o foco é atender, principalmente, a demanda das empresas do pólo industrial e petroquímico de Camaçari. "É um mercado mal servido de segurança profissional", afirma.

Segundo dados do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (Sesvesp) para cada vigia legalmente contratado, há dois vigias que atuam em empresas ilegais. Esse fato dificulta as estatísticas do setor. A entidade tem cadastradas cerca de 370 empresas de segurança, que empregam 120 mil trabalhadores, num mercado estimado em R$ 3 bilhões. De acordo com Leite, no entanto, dados informais indicam mais de 1,5 mil empresas só no mercado paulista. "E só quinhentas têm o Certificado de Regularidade em Segurança, que atesta que o funcionamento da empresa está dentro dos rígidos padrões estabelecidos pelo Ministério da Justiça", diz.

De acordo com Leite, outro mercado potencial vem sendo gerado pela expansão imobiliária. "Acredita-se que o número de arrastões em condomínios diminuiu, mas eles apenas deixaram de ser divulgados pela imprensa", afirma Leite". Antes, o foco eram os edifícios de alto padrão, mas os assaltos já se popularizaram para os condomínios de classe média", conta.

Segundo José Adir Loiola, presidente do Sesvesp, o setor imobiliário é o que mais cresce no mercado de segurança. "Os demais têm um crescimento vegetativo", avalia.

A FortKnox atende cerca de 200 clientes, entre condomínios, indústrias, bancos, residenciais e pessoas físicas. A expectativa da empresa é alcançar um faturamento de R$ 90 milhões neste ano, um crescimento de 26% em relação ao ano anterior. A Sesvesp estima um crescimento para 2008 bem menor que o previsto pela FortKnox, de apenas 5%.

A empresa de segurança Gocil, que atua nos mercados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, quer levar seu negócio para o mercado carioca. Segundo Ricardo Bacci, diretor corporativo da empresa, o projeto de autorização já foi encaminhado para a Polícia Federal. E empresa também está investindo em levar a público a primeira arma não letal a ser utilizada em segurança patrimonial.

A Gocil foi a primeira empresa nacional a protocolar a autorização de importação do equipamento junto aos órgãos do governo americano. A pistola Taser foi desenvolvida nos Estados Unidos, e que passou a ser usada pelas polícias americanas a partir de 2000. Hoje mais de oito mil agências já utilizam o equipamento nos EUA. A pistola também é utilizada em outros 45 países.

A arma funciona por meio de um sistema que lança dois dardos a uma distância de até dez metros. Estes dardos penetram na roupa do suspeito e aderem ao corpo, liberando uma descarga elétrica de 50 mil volts e de apenas 0,0036 amperes, o que não representa risco à saúde, segundo a empresa.

(Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2)(Regiane de Oliveira)