Tecnologia disruptiva através da radiofrequência. Por José Rubens Almeida
Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo que descreve a inovação tecnológica, produto, ou serviço, com características "disruptivas", em vez de evolutivas - ou seja, que provocam uma ruptura com os padrões, modelos ou tecnologias já estabelecidos e disponíveis naquele momento no mercado. O exemplo mais característico é o que aconteceu com a Kodak, resistindo à era digital que minou o caminho da empresa dentro de um segmento que ela mesma inventou.
Sabemos que poucos erros corporativos foram tão grosseiros quanto os cometidos pela Kodak com a fotografia digital. Essa falha estratégica foi causa direta das suas décadas de declínio, com a fotografia digital destruindo seu modelo de negócios baseado no uso de filmes.
O próprio site colaborativo multilíngue pode ser citado como um exemplo de tecnologia disruptiva, já que quando criou um novo mercado de consulta, a página on-line fez com que as enciclopédias se tornassem artigos supérfluos e do passado.
O termo “tecnologias disruptivas”, que vem de ruptura, caracteriza produtos e serviços que transformam o mercado e, de certa maneira, desestabilizam os concorrentes que antes o dominavam. Outros exemplos conhecidos: os serviços oferecidos pelas marcas Uber, Apple, Netflix e Google, que reinventaram a forma de se locomover, de se ouvir música, de se assistir a um filme e se “buscar” informações na internet.
Resultado de um contexto de inovação, essas tecnologias são mais simples, baratas e acessíveis do que as opções disponíveis no mercado, e também são capazes de estabelecer uma nova forma de relacionamento entre o produto ou serviço inovador e o público consumidor.
É o caso da radiofrequência que vem sendo amplamente utilizada em sistemas de transmissão de sinais, para gerenciamento de filas e sempre que houver necessidade de chamar alguém, seja na mesa de um restaurante, para chamar o garçom, em uma clínica de repouso ou hospital para chamar a enfermeira, em shopping center para chamar a segurança em situações de emergência ou para agilizar os processos de fabricação no chão de fábrica. E é exatamente essa a tecnologia que tende a eliminar sistema complexos de fiação e transmissão de sinais através da furação de paredes, instalação de canaletas e outros processos de transmissão extremamente complexos. A disrupção se dá exatamente pelo fato de a necessidade de fiação eleva o custo de instalação dos equipamentos, já que se torna um problema a disposição dos fios no ambiente e geralmente é necessário realizar adaptações no layout da planta de fabricação para ocultá-los.
Com sistemas de comunicação sem fio, as plantas de produção poderiam mudar de modo a permitir que o espaço seja otimizado, o que potencialmente possibilita o aumento da produção e consequentemente maior rendimento financeiro à empresa, clínica, shopping ou restaurante. O sistemas sem fio podem ser feitos sem a necessidade de incômodas obras estéticas e/ou passagem de dutos, tornando o custo total do projeto muito mais baixo e incentivando o fomento do mercado.
Vale ressaltar que as ondas de radio ou radiofrequências são campos eletromagnéticos utilizados nas comunicações sem fio. Como essas ondas levam energia de um ponto ao outro, isso permite a comunicação sem a necessidade de fios, como nas transmissões de televisão, radio e celulares.
Os sinais irradiados no ar livre, em forma de ondas eletromagnéticas, propagam-se em linha reta e em todas as direções, apresentando vantagens competitivas importantes em relação aos sistemas tradicionais de transmissão de dados.
Importante ainda pensar que a inovação é um importante meio utilizado pelas empresas para se manterem no mercado, crescerem economicamente e gerarem vantagens competitivas.
*José Rubens Almeida é graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação, que produz toda a linha Psiu, sistema de transmissão baseado na radiofrequência.