Polícia Militar faz simulação no Pacaembu visando Copa de 2014 - NetSeg

Polícia Militar faz simulação no Pacaembu visando Copa de 2014

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O Pacaembu viveu um verdadeiro clima de clássico. Mas tudo não passou de uma simulação da Polícia Militar do estado de São Paulo. O teste serviu para os alunos de diversas unidades de policiamento do Brasil experimentarem na prática as lições aprendidas no curso de segurança em praça esportiva desenvolvido pela Polícia Militar de São Paulo, visando a Copa do Mundo de 2014.

- O objetivo é treinar 70 oficiais de todo o país por ano e padronizar o serviço de segurança nos estádios para todo o território nacional até a Copa - afirmou o Major Leandro Pavani, comandante da operação.

A simulação começou com a vistoria do estádio e localização de um artefato explosivo escondido perto dos banheiros químicos do setor laranja. Após encontrarem o objeto, os oficiais em treinamento isolaram a área e usaram um robô para retirar a bomba. A seguir, um oficial vestido com uma roupa especial realizou a explosão do artefato em segurança.

Depois de realizada a inspeção no estádio, era hora da chegada dos "torcedores". Policiais Militares em treinamento fizeram as vezes de uma torcida organizada chegando ao Pacaembu. Logo na entrada, foram revistados pela PM e passaram pelo novo sistema de identificação biométrica. Depois de algumas "brigas" entre torcedores e de tentativas de invasão de outros setores do estádio, foi feita a simulação de atendimento a um torcedor ferido. Após o socorro dos bombeiros do grupo de resgate, um helicóptero da Polícia Militar pousou no campo do Pacaembu para a retirada do "torcedor ferido", dando fim à simulação.

- Os treinamentos para melhorar a segurança nos estádio não visam somente a Copa do Mundo, mas também buscar um legado, para que possamos realizar um serviço de segurança nos estádios ainda melhor depois da Copa. Não adianta fazer bonito em 2014 se depois tudo for perdido - disse o Major Leandro.

Participaram da simulação policiais militares do 2° Batalhão de Choque, Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), Canil, Comando e Operações Especiais (COE), 23° Batalhão da Polícia Militar Metropolitano, Bombeiros e Grupamento Aéreo da Polícia Militar.

Tecnologia a serviço da segurança

A simulação também serviu como oportunidade para a Polícia Militar testar novos equipamentos de vigilância eletronica, como o reconhecimento de rostos através de um sistema de biometria facial e a utilização do "Olho de Águia".

O sistema de reconhecimento de biometria facial é composto por um óculos com pequenos monitores no lugar das lentes, uma câmera e um pequeno computador portátil. A câmera fotografa automaticamente o rosto das pessoas que passam na frente do policial e cruza as imagens com um banco de dados de infratores. Se for identificado algum criminoso, o policial é avisado no mesmo instante pelo programa. O sistema ainda pode ser adaptado para câmeras fixas de segurança.

Ele também foi testado com sucesso no clássico do último domingo, entre Corinthians e São Paulo e tem se mostrado útil para a PM, que ainda não tem previsão para sua utilização regular nos estádios paulistas.

- Acredito que é uma solução criativa e válida. Mas melhor do que ter esse equipamento é o torcedor saber que nós temos eles, isso inibe a ação criminosa - explicou o Major Leandro.

O "Olho de Águia" é um sistema que permite a um comandante observar todo o sistema de vigilância do estádio, bem como as câmeras dos helicópteros da PM, em tempo real por um equipamento portátil, possibilitando o envio de reforços para situações de emergência com mais agilidade. Este sistema já foi comprado pelo Governo do estado de São Paulo e está a disposição da polícia.