Câmeras fazem diferença na cidade do Rio de Janeiro

Exemplos de sucesso de sistemas de monitoramento não faltam no Rio. No Tribunal de Justiça, funciona desde 2004 um sistema de câmeras que vigia áreas dentro do Fórum e as imediações da sede do judiciário fluminense. “Reduzimos em 90% as ocorrências, que eram principalmente de pequenos furtos e brigas entre partes de um processo. Também temos parceria com o 13º BPM (Praça Tiradentes), que nos ajuda”, diz o diretor do Departamento de Segurança do TJ, tenente-coronel Marley Elysio dos Santos. “Hoje, quem não investir em tecnologia para combater a criminalidade, vai ficar para trás”, avalia.
Em Volta Redonda, houve redução de cerca de 80% nos roubos de veículos com a instalação de câmeras pela prefeitura do município. “São 60 equipamentos em toda a cidade. Queremos colocar mais 40 câmeras até o fim do ano”, afirma o prefeito Antônio Francisco Neto.
Um dos principais problemas enfrentados pela prefeitura para colocar tantas câmeras pela cidade — até escolas públicas de Volta Redonda tem equipamentos instalados — foi a resistência da população. "Muita gente reclamou da invasão de privacidade. Até a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) quis impedir o monitoramento. Depois que os índices de criminalidade caíram, a aprovação foi geral", afirma Neto.
As câmeras particulares acabam mudando a história de crimes que, sem imagens, cairiam no esquecimento. Foi a câmera de um prédio residencial, por exemplo, que revelou a ação dos PMs que abriram fogo contra o carro em que estava o menino João Roberto, na Tijuca, em julho do ano passado.