Além da biometria: reflexos pessoais criam mecanismo perfeito de proteção - NetSeg

Além da biometria: reflexos pessoais criam mecanismo perfeito de proteção

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Redação do Site Inovação Tecnológica Ponto cego do olho, onde nervo óptico e vasos sangüíneos impedem que se forme uma imagem.[Imagem: Freya Mowat] 

Equipamentos biométricos, imagens da íris e programas de reconhecimento de assinaturas estão se tornando cada vez mais comuns, graças à crescente preocupação com a segurança na área da informática e do acesso a locais restritos.

Deficiências da biometria 

Só que nenhum deles é perfeito, afirmam pesquisadores japoneses, alertando que todos esses equipamentos e procedimentos de segurança podem ser enganados por um invasor suficientemente sofisticado. 

"A informação biométrica pode facilmente vazar ou ser copiada. Desta forma, é desejável criar uma autenticação biométrica que não exija que a informação biométrica seja mantida secreta," afirmam Masakatsu Nishigaki e Daisuke Arai, da Universidade de Shizuoka.

Além da biometria

E, segundo eles, existe uma solução: é possível elaborar um mecanismo perfeito de segurança utilizando os reflexos pessoais, que jamais poderão ser copiados, imitados ou forjados.

Os reflexos humanos não dependem de controle consciente. Assim, mesmo se as reações de uma pessoa forem vistas por alguém mau intencionado, esse potencial invasor jamais conseguirá repetir com precisão aqueles reflexos, porque ele adotará inconscientemente os seus próprios reflexos de forma inconsciente.

Ponto cego do olho

Para comprovar sua teoria, Nishigaki e Arai utilizaram a escotoma, também conhecida como ponto cego, uma área fixa na retina onde estão o nervo óptico e uma série de vasos sangüíneos, o que impede que se forme uma imagem nesse local. Esse ponto cego pode ser detectado pelo monitoramento de movimentos sutis da esquerda para a direita que nossos olhos fazem quando acompanham um objeto que se move da direita para a esquerda.

Usar somente o ponto cego, contudo, não garante segurança total. Segundo os cientistas, alguém poderia passar por uma cirurgia ou inventar algum tipo muito engenhoso de lente de contato capaz de enganar o sistema. Assim, não haveria ganhos significativos em relação ao reconhecimento da íris.

Movimentos reflexos

A deficiência pode ser resolvida utilizando-se a posição do ponto cego do olho para induzir movimentos sacádicos, uma troca reflexa repentina da posição do olho. A autenticação do usuário poderá ser feita apresentando um alvo na direção do ponto cego e fora dele, utilizando a tecnologia de rastreamento do olho para medir o tempo gasto pelo movimento reflexo. Cada padrão de resposta é único para cada indivíduo. 

Segundo os pesquisadores, um método assim não poderia ser ludibriado por invasores mesmo que utilizando os mais sofisticados materiais, equipamentos ou mesmo cirurgias. 

"Nosso método transforma as diferenças na informação biométrica fisiológica - o ponto cego - em diferenças nos reflexos humanos - movimentos sacádicos - e as utiliza para autenticação," afirmam eles. 

"O sentimento é de revolta e impotência, porque são coisas suas e alguém apareceu, revirou tudo e levou embora", frisou Erani Marques, 41, cuja casa foi arrombada em fevereiro passado. Depois disso, ela colocou alarme e cerca elétrica para se proteger. A prevenção é uma das orientações da polícia para evitar os furtos. Ter grades altas, ao invés de muros (o que facilita a visão do pátio por parte de transeuntes), pedir auxílio de vizinhos quando viajar e possuir alarme ou cachorro treinado são outras medidas eficientes. "A pessoa tem que sempre estar ciente que pode estar correndo algum topo de risco. O melhor é sempre se prevenir", frisou o tenente do 16o BPM (Batalhão de Polícia Militar), Fabio Zarpelon. 

No decorrer de oito anos, a manicure e depiladora Rosana Moreira, 33, teve a casa furtada dez vezes. Moradora do Alto da XV, ela teve roupas, calçados e eletrônicos roubados. Apenas a televisão foi recuperada. "Era época de Copa do Mundo. Mas os policiais abordaram o cara, que andava com a televisão no meio da rua e consegui recuperar", lembrou. A audácia dos ladrões chama a atenção. Como a casa da manicure é de madeira, já entraram pelo assoalho e chegaram a improvisar uma ponte com uma tábua, entre o muro e a janela da casa, por onde levaram os objetos furtados para o terreno vizinho. "Eu tinha um cachorro, que ficou latindo o tempo todo, mas não alcançava a tábua", explicou. 

Uma das principais orientações da polícia é avisar os vizinhos, quando for viajar. No caso de Rosana, os ladrões foram discretos o suficiente. "Eu estava trabalhando na minha casa, entraram há algum tempo na residência do vizinho, mas não percebi nada", lembrou, além de acreditar que o problema seja o envolvimento dos jovens com drogas. "É uma ‘piazada’, que não chega a ser profissional. Eles roubam para comprar drogas", acredita.