Convergência, Automação e Integração: as tendências em TI para 2015, parte 2
Uma análise sobre os três fatores chave que propiciam uma TI realmente voltada para os resultados do negócio. Hu Yoshida*
Este é o meu segundo artigo sobre aquelas que considero ser as dez tendências em TI para 2015, sobre as quais comecei a escrever semanas atrás. Em meu último post mencionei que a principal tendência para 2015 será o Business Defined IT e as forças que o impulsionam, dentre elas: Convergência, Automação e Integração.
Abaixo faço uma análise sobre os três fatores chave que propiciam uma TI realmente voltada para os resultados do negócio.
2 – Novos recursos que aceleram a adoção de plataformas convergentes e hiper convergentes
Um fator chave para o Business Defined IT são soluções convergentes que podem ser integradas aos sistemas e à pilha de aplicativos. Soluções convergentes são o segmento que mais cresce no portfólio da Hitachi Data Systems. Hoje, as organizações não precisam mais esperar semanas ou meses para rodar o Oracle RAC ou SAP Hana. A integração destes software de gerenciamento com VMware e Hyper-V, por exemplo, fornece data centers definidos por software para nuvens privada e pública.
A TI passará a se concentrar, cada vez mais, em plataformas de convergência melhores, que possam ser customizadas, orquestradas e otimizadas por meio de um único painel de gerenciamento. Novos recursos, tais como custos de entrada mais competitivos, maior integração entre a infraestrutura e o software, bem como a capacidade de acomodar hypervisores irão acelerar a adoção de soluções convergentes e hiper convergente.
3 – Automação do gerenciamento
Em 2015, certamente, veremos mais investimentos em ferramentas de automação de gerenciamento. Acredito que o provisionamento de aplicações e a gestão de cargas de trabalho serão feitos, a partir de agora, com base em modelos. A automatização do gerenciamento irá incluir, entre outros recursos, o monitoramento e os alertas de exceção, a análise da causa raiz e a correção automática. A orquestração, por sua vez, incluirá o movimento de cargas de trabalho entre nuvens privadas e públicas afim de alinhar a infraestrutura adequada com base no custo, desempenho, localidade e governança. A automatização da gestão será facilitada por uma infraestrutura convergente com uma camada de orquestração que elimina a necessidade de ligar e lançar diferentes gerenciadores de elementos.
Os fornecedores de TI têm trabalhado com aplicações e desenvolvido cases de melhores práticas no assunto. Mas, em vez de entregar seus produtos acompanhados de white papers sobre estes casos de sucesso, eles devem ser capazes de fornecer estas melhores práticas sob a forma de modelos que podem ser usados para a automação. Embora seja mais fácil para os fornecedores de infraestrutura fazer isso quando já contam com uma solução convergente, incluindo servidores, armazenamento e rede, as APIs também devem estar disponíveis nos gerenciadores de elementos para clientes, que ainda têm a necessidade de se integrar em infraestruturas, OS, ou aplicações tradicionais.
4 – Definido por software
Tudo o que seja definido por software será muito falado em em 2015, e muitos fornecedores irão vender os seus produtos sob esta bandeira. O conceito de definido por software é um passo fundamental para simplificar e automatizar a infraestrutura de TI. Startups irão entrar no mercado com softwares ditos de classe empresarial com hardware commodity de baixo custo. Ainda que o software possa melhorar a tecnologia do hardware, os resultados serão limitados pela infraestrutura de hardware subjacente. O software com hardware commodity pode ser bom o bastante em alguns casos, mas ainda haverá necessidade de hardwares empresariais inteligentes (e robustos) no mundo do definido por software.
Aqui, para a referência, listo as minhas tendências de TI para 2015. Vou cobrir as tendências 5, 6, 7 que estão dentro da categoria infraestrutura contínua, em meu próximo post, na semana que vem.
1 – Business Defined IT
2 – Novos recursos que aceleram a adoção de plataformas convergentes e hiper convergentes
3 – Automação de gerenciamento
4 – Definido por Software
5 – A virtualização global acrescenta uma nova dimensão na virtualização do armazenamento
6 – Um maior foco sobre a recuperação de dados e o gerenciamento de cópias de proteção de dados
7 – O aumento da inteligência nos Módulos de Flash Empresariais
8 – Big Data e a Internet das Coisas
9 – A Lagoa de Dados para o Analytics e o Big Data
10 – A Nuvem Híbrida ganha tração
(*) Hu Yoshida é CTO Global da Hitachi Data Systems