Montanha escalada por 1.690 pessoas desde Janeiro
A montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal, com 2.351 metros de altitude, já foi escalada este ano por 1.690 pessoas, tendo-se registado apenas um acidente, rapidamente resolvido através do novo sistema automático de rastreamento.
"Desde Janeiro, já escalaram o Pico 1.690 pessoas", revelou hoje à Lusa fonte dos Bombeiros da Madalena do Pico, que asseguram desde Junho o controlo das subidas à montanha mais alta do país, na ilha açoriana do Pico.
Este controlo é feito através de um sistema automático de rastreio dos visitantes, que se revelou de grande eficácia há cerca de uma semana, quando ocorreu o único acidente registado este ano.
O ferido accionou o dispositivo de alarme, transmitindo automaticamente a sua localização aos bombeiros, o que permitiu que a equipa de salvamento chegasse rapidamente ao local para prestar assistência.
Este sistema, que é monitorizado a partir da Casa da Montanha do Pico, é constituído por uma pequena caixa, semelhante a uma caixa de fósforos, dotada de um GPS para determinar a sua posição e um emissor GPRS para transmissão de dados.
Em caso de acidente, a vítima pode optar por premir um botão que emite automaticamente um pedido de socorro ou transmitir uma mensagem de voz para o número de emergência.
Na Casa da Montanha, um dispositivo de rastreio ligado a um ecrã permite ver, em tempo real, a posição da pessoa que accionou o alarme.
A Casa da Montanha da Ilha do Pico, inaugurada recentemente, funciona como uma porta de entrada para quem pretende chegar ao ponto mais alto do país, estando dotada de um posto de controlo que regista as subidas e descidas, além de uma equipa de bombeiros em permanência.
A todas as pessoas que pretendam subir à montanha é fornecido um equipamento com GPS, que permite saber, em qualquer momento, onde se encontram, de forma a facilitar eventuais operações de socorro.
As subidas à montanha do Pico contam com o apoio de cerca de meia centena de guias credenciados, mas quem desejar pode fazer a escala de forma individual, sendo sempre aconselhado o uso do dispositivo com GPS.
A utilização deste equipamento pretende evitar situações como a que ocorreu com uma turista norte-americana em 2006, que morreu durante uma escalada e só foi encontrada três dias depois.