Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe mais de 2 milhões em novo prédio só em gestão de segurança - NetSeg

Hospital Alemão Oswaldo Cruz investe mais de 2 milhões em novo prédio só em gestão de segurança

Saúde | 16/03/2013

Por Sandra Cunha

Com investimento de R$ 240 milhões, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz concluiu em dezembro as obras de seu novo prédio, o Bloco E. A instalação acrescenta 29.500 mil m² de área construída ao complexo hospitalar, que contará com total de 96 mil m² no bairro do Paraíso, próximo à Avenida Paulista, região sul de São Paulo.

O Bloco E possui 25 pavimentos, com subsolos e 16 andares  (destes, onze são destinados à internação).  O processo de ampliação contou com a desativação de alguns quartos para que o espaço fosse usado nas interligações entre os prédios. Dessa forma, o número total de leitos do complexo hospitalar sobiu de 255 para 351, sendo que na UTI a ampliação foi  de 34 para 44 leitos.

No novo prédio, o centro cirúrgico ganhou salas de alta complexidade. Com isso, o hospital passou a ter 22 salas cirúrgicas. O prédio terá ainda um auditório com 200 lugares e cinco subsolos de garagem, acrescentando 284 novas vagas ao complexo. Além disso, há um andar técnico que abriga em seu espaço equipamentos de infraestrutura, facilitando sua manutenção.

Saint Germain é a responsável pelo projeto de segurança


Legenda: Sala de monitoramento onde todas as dependências do hospital são visualizadas

O hospital Alemão Oswaldo Cruz investiu pesado em um sistema de segurança integrada, algo em torno de R$ 2 milhões em equipamentos de alta tecnologia embarcada.

Para empregar esse investimento de forma adequada, o hospital contratou a empresa Saint Germain, companhia especializada em segurança eletrônica fundada em 1994.

Empresa integradora, a Saint Germain desenvolve projetos de pequeno, médio e grande porte, oferecendo equipamentos, como gravadores de vídeo digital (DVR), câmeras especiais, e executando instalações e manutenções.

A empresa, além de um projeto específico para atender as necessidades do complexo hospitalar, também realiza o treinamento da mão de obra que opera todo o equipamento instalado.


Legenda: Antonio Segati e Adilson Prado (da direita para a esquerda)

De acordo com Antônio  Segati, diretor técnico da Saint Germain, o projeto de segurança em um complexo hospitalar tem suas peculiaridades. “O diferencial em se implementar um projeto de segurança integrada neste tipo de empreendimento são as peculiaridades intrínsecas às atividades desenvolvidas. Muitas vezes, analisando um projeto já pré-concebido, quando colocado em prática, descobre-se que adequações fazem-se necessárias e hospitais são sempre desafios interessantes”.

Para o diretor, desenvolver um projeto dessa magnitude para um empreendimento em construção é fascinante. “Desenvolver um projeto de segurança paralelamente a um empreendimento concebido na planta é muito gratificante, embora infinitamente mais desafiador. Essa foi uma experiência muito enriquecedora. Além do mais, o contato com as empreiteiras e os engenheiros é um aprendizado, pois se abre um leque de possibilidades de instalação de equipamentos e de funções muito interessantes”, comemora Segati.

Um projeto de segurança integrada vai muito além da instalação de equipamentos de última geração. “Nós temos como cláusula contratual a instalação de todos os equipamentos, configuração de todos os sistemas e também o treinamento da mão de obra operacional. Empregamos o treinamento em duas fases: o operacional efetivo, voltado para o pessoal de monitoração, já que eles têm um nível de acesso limitado; e o treinamento mecânico para o sistema de gravação, efetuado junto aos profissionais de tecnologia do hospital, que abrange toda a parte de configuração do sistema”, afirma o diretor técnico.

Ele lembra que o segundo treinamento em determinados momentos é até mais crucial que o primeiro. “É possibilita os profissionais a realizarem a manutenção periódica. Muito apropriado essa especialização, visto que com a instalação de câmeras IPs faz parte da malha de network do hospital. Essa interação com o departamento de Tecnologia de Informação é imprescindível”, enfatiza Segati.

Adilson Prado, supervisor técnico lembra que o prédio original também passou por um processo de modernização de equipamentos. “O investimento em gestão de segurança para o novo bloco do complexo foi de R$ 2 milhões. Contudo, a reestruturação do setor de segurança e monitoramento do prédio antigo implicou no investimento de mais R$ 500 mil aproximadamente”.

O supervisor a firma que esse processo de modernização dos equipamentos já existentes é necessário, pois normalmente ele é um tanto intimista. “Nós procuramos adequar o novo projeto de segurança às necessidades do cliente, desde que o resultado não seja comprometido e que as adequações respeitem os aspectos ergonômicos e de conforto dos profissionais envolvidos”.

A Saint Germain mantém uma equipe de 10 a 12 profissionais, da parte técnica e estrutural, na instalação do sistema de gestão do hospital. “A companhia mantém uma equipe de projetistas que realizam a avaliação de riscos e  o projeto adequado às necessidades especificas daquele empreendimento. Pegamos a base existente, estudamos métodos e alternativas visando a potencialização do serviço de instalação, sem agredir ou impedir o funcionamento das atividades cotidianas do cliente”, esclarece Adilson Prado.

O projeto de segurança está descrito em um contrato que a empresa mantém com o hospital até o final da instalação e do sistema de gestão devidamente instalado e operacionalizado. Todavia é empregado um contrato de manutenção. “Estamos no processo de finalização da instalação. O hospital está concluindo algumas reformas estruturais de tecnologia, para acomodar os equipamentos de forma adequada. Finalizada essa etapa, o sistema começa a ser operacionalizado em sua totalidade”, complementa Segati.

Fundação e certificação

O Hospital Alemão Oswaldo Cruz foi fundado em 26 de setembro de 1897, graças ao empenho de um grupo de imigrantes de língua alemã, liderado pelo empresário e cônsul honorário da Alemanha na época, Anton Zerrener.

O objetivo era constituir uma instituição de saúde que atendesse integrantes da colônia e a população em geral, como forma de retribuição pelo acolhimento que receberam quando desembarcaram no Brasil.
O terreno próximo à avenida Paulista, ainda com características rurais, foi adquirido em 1905, após campanhas de arrecadação de fundos. Esses recursos viabilizaram, 17 anos depois, a efetiva construção do projeto arquitetônico de Curt Hildebrand, que hoje caracteriza o complexo do Hospital, na capital paulista.

Desde o início, a trajetória do hospital foi pautada pela superação de inúmeros desafios e pela vocação de acolher e cuidar das pessoas , atributos que até hoje estão presentes em sua essência.

Seguindo a estratégia de crescimento sustentável do hospital, o novo edifício foi construído de acordo com rigorosos critérios ambientais estabelecidos pela LEED™ (Leadership in Energy and Environmental Design).  O objetivo é obter a certificação e ser referência nesse tipo de construção no Brasil.

Alguns requisitos essenciais foram cumpridos, desde a escolha apropriada do terreno e local de construção até a gestão de resíduos da obra. Além disso, houve uso racional no consumo de água, otimização da eficiência energética, proibição do uso de CFC, uso de energia renovável, madeira certificada e plano de controle da qualidade do ar.