Copa e Olimpíadas irão agregar mais de R$ 285,2 bilhões ao Brasil - NetSeg

Copa e Olimpíadas irão agregar mais de R$ 285,2 bilhões ao Brasil

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Com os mundiais, Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 0,4% ao ano até 2019

Um estudo recente encomendado pelo Ministério do Esporte à Fundação Instituto de Administração (FIA) mostra que a Copa do Mundo e as Olimpíadas devem agregar, pelo menos, R$ 285,2 bilhões ao Brasil até 2027. A estimativa é que o impacto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro chegue a 0,4% ao ano (3,2% no total) com os mundiais, até 2019.

Em meio a toda estrutura organizada para receber os megaeventos, olhos do mundo inteiro estarão voltados às arenas esportivas, palco das grandes competições. Por isso, a menos de 1000 dias da Copa do Mundo, o Brasil necessita de soluções rápidas e viáveis para atender às cobranças da Federação Internacional de Futebol (Fifa) relacionadas aos estádios.

Arenas no padrão exigido pelos órgãos organizadores devem apresentar as características fundamentais para atender às necessidades do público, como conforto, visibilidade, sistemas inteligentes de imagem e som, acessibilidade, diversidade de serviços e, principalmente, segurança. Segundo a Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos, responsável pelo planejamento de segurança para a Copa e as Olimpíadas, “integração” e “tecnologia” são as chaves do plano estratégico de preparação do país para eventos desse porte.

Tecnologia e segurança nas arenas

Julian Baria, gerente comercial da multinacional de segurança privada G4S, dá exemplos de algumas tecnologias que podem ser utilizadas nas arenas esportivas: “Soluções para sistemas de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), Controle de Acesso, Alarme e Detecção de Incêndio, Gerenciamento de Utilidades e Conforto, Gestão de Bilhetagem, Automação para Parking, Sistemas de Mídia e Digital Signage, Sistemas de Controle de Demanda e Eficiência Energética, além da integração de todas estas disciplinas em uma arquitetura de fácil operação, o que acelera o ROI (taxa de lucro) do empreendimento pela sua plena utilização”, diz.

A G4S hoje atua no Brasil nos setores de integração de sistemas e automação. A empresa já tem experiência em grandes eventos esportivos: organiza a segurança do GP de Fórmula 1 na Inglaterra, do torneio de Wimbledon – o mais tradicional torneio de tênis do mundo  – e agora irá nortear o esquema de segurança dos Jogos Olímpicos de 2012 em Londres.

Além disso, a G4S teve outras participações, como no espaço multiuso O2 Arena, também em Londres, onde entrou com efetivo técnico e orgânico, e no projeto da Mälmo Arena, na Suécia, em que a G4S foi consultada no processo de pré-construção para o controle garantido no fluxo de multidões e segurança antiterrorismo.  

Baria apresenta ainda os principais enfoques na empresa visando as competições sediadas no Brasil: “Sabemos que a demanda de serviços está muito além das quatro linhas do gramado e das paredes das arenas. Estamos em busca de soluções para mobilidade e entorno, ou seja, estamos preocupados com o legado dos eventos, pois este é o real prêmio para os torcedores brasileiros”.

O principal legado

Se as arenas são os palcos da Copa do Mundo da FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos Rio 2016, para o Ministério do Esporte, as melhorias na mobilidade urbana são o grande legado que os mundiais deixarão. De acordo com o Ministério, esta é uma grande oportunidade de executar planos de investimentos e de melhorar a qualidade dos serviços nas grandes cidades, sobretudo, o transporte público.

Estima-se que cerca de R$ 13 bilhões sejam investidos em 49 obras nas cidades-sede, garantindo a locomoção dos turistas e torcedores. As melhorias se resumem a construção de corredores viários, monotrilhos, vias para passagem de ônibus (BRTs), e VLTs. O início das obras está previsto para novembro de 2011.