Acidente com Massa deixa a segurança na F-1 em destaque - NetSeg

Acidente com Massa deixa a segurança na F-1 em destaque

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Nunca dá para fazer o suficiente para melhorar a segurança na categoria, diz chefe da equipe McLaren
Petr David Josek/AP - Técnicos mostram mola semelhante aque atingiu o capacete de Massa no treino na Hungria

BUDAPESTE - O sério acidente sofrido pelo brasileiro Felipe Massa durante o treino de classificação para o Grande Prêmio da Hungria serviu com um lembrete de que a Fórmula 1 nunca pode relaxar em relação à segurança, apesar dos avanços significativos conseguidos nos últimos anos. 

A Fórmula 1 não tem uma fatalidade numa corrida desde a morte de Ayrton Senna no Grande Prêmio de San Marino, em 1994, mas chegou perto em alguns casos nos últimos anos.

"Inevitavelmente nós todos nos tornamos complacentes se não somos confrontados com um acidente sério", disse o chefe da equipe McLaren, Martin Whitmarsh.

"Obviamente 1994 foi um grande alarme para todos nós na Fórmula 1 naquele tempo. Todos, as equipes e a FIA, contribuíram para os muitos grandes passos dados em relação à segurança e acho que temos que fazer isso novamente.

"Nunca dá para fazer o suficiente para melhorar a segurança na Fórmula 1", acrescentou o britânico. "Na Fórmula 1, talvez nós nos concentremos muito em política. Temos que voltar para o campeonato, a briga, o show, a segurança."

Massa, piloto da Ferrari, estava em condições estáveis neste domingo, depois de uma cirurgia no crânio após o acidente na pista, em que foi atingido no capacete por uma mola de metal, de aproximadamente 1 quilo, que havia se soltado segundos antes do carro do piloto da Brawn GP, Rubens Barrichello.

O acidente de sábado aconteceu menos de uma semana depois que o britânico Henry Surtees, de 18 anos, filho do campeão da Fórmula 1 pela Ferrari em 1964 John Surtees, ter morrido ao ser atingido na cabeça por uma roda durante uma corrida de Fórmula 2 em Brands Hatch.

As medidas de segurança melhoraram muito desde 1994, com equipamentos para a proteção do pescoço e cabeça chamado HANS, além de laterais de cockpits mais altas e capacetes mais fortes. Mas havia um sentimento no Grande Prêmio da Hungria de que algo mais precisa ser feito. Exatamente o quê era a grande questão.

"Precisamos manter a perspectiva da coisa, acho eu," afirmou o proprietário da Brawn, Ross Brawn, ex-diretor técnico da Ferrari. "Do que se viu no último fim de semana e neste fim de semana, precisamos ter um estudo apropriado para ver se há necessidade de se fazer algo." "Sem saber de todos os detalhes do que aconteceu, me parece que o trabalho feito nos capacetes nos últimos anos tem sido essencial hoje."

No próximo ano não haverá reabastecimento durante as provas, o que significa carros mais pesados no grid de largada, com tanques de combustível cheios.

"Precisamos garantir que os freios, a suspensão, os sistemas de segurança, os sistemas de absorção de energia respondam a isso porque esse é um grande passo à frente", disse Whitmarsh.